Endometriose

“Eu descobri em 2011 que tinha endometriose profunda, com implantes inclusive no intestino. Segundo os exames estava tudo cheio de aderências, no útero, vagina e intestino, e a indicação médica era cirúrgica, inclusive com retirada de parte do intestino.”

Olá Pedro, tudo bem?
Comigo está tudo ótimo, cada dia mais ansiosa para ver o rostinho do  bebê! Estou com 19 semanas, perto de entrar no quinto mês. 🙂
Desculpa pela demora, mas finalmente estou encaminhando abaixo o meu depoimento. Espero que ajude outras pessoas com problemas de endometriose ou questões ligadas à maternidade.
Acho que ficou meio grande, mas é que disse tudo o que achei importante. Veja se dá para colocar mesmo assim.

Depoimento:
Comecei a terapia de vidas passadas por duas questões: a endometriose e o medo de falar em público.
Eu descobri em 2011 que tinha endometriose profunda, com implantes inclusive no intestino. Segundo os exames estava tudo cheio de aderências, no útero, vagina e intestino, e a indicação médica era cirúrgica, inclusive com retirada de parte do intestino, e em seguida tentar engravidar, de preferência mediante fertilização in vitro.
Naquele momento eu fiquei bem abalada e não me sentia pronta para a cirurgia. Na verdade, eu tinha medo tanto da cirurgia quanto de tentar engravidar em seguida. Por alguma razão eu não tinha aquela vontade de ser mãe, não me sentia pronta a tomar uma decisão como essa, e no fundo acho que a doença era uma boa desculpa para isso. Meu esposo sempre quis ter filhos, mas sempre respeitou a minha vontade, e com o agravante da endometriose, tínhamos em mente que só poderia engravidar depois de operar. Isso se conseguisse engravidar, pois segundo os médicos, ainda fazendo a cirurgia, as chances de engravidar naturalmente eram mínimas, algo em torno de 30%. E se eu fizesse a cirurgia e em seguida uma FIV, aumentaria para 50%. Segundo os médicos, o ambiente de um útero com endometriose era hostil, de forma que a chance dos gametas sobreviverem era bem difícil, por isso a necessidade de fertilizar fora do útero, ou então só tentar engravidar após a remoção dos focos de endometriose. Tudo isso pra mim soava como uma dificuldade imensa.
Os anos foram se passando e eu não conseguia tomar nenhuma decisão, nem de operar, nem de tentar uma fertilização, nem de tentar engravidar naturalmente. Enquanto isso a forma de deixar a endometriose estável era não menstruar, por isso desde 2011 eu passei a tomar o anticoncepcional sem nenhum intervalo, conforme recomendação dos médicos.
Em 2014 me veio em mente uma intuição acerca da Regressão de Vidas Passadas. Em buscas na internet descobri a Solaris Terapia e outros terapeutas de regressão. Eu fiquei mais ou menos uns dois meses pensando em quem ir e se deveria ir. O que chamou a atenção na Solaris foi a menção ao mentor espiritual. Meu marido não acredita muito nessas coisas e não me encorajava. Mas finalmente me decidi e marquei uma sessão.
Como disse, tinha interesse tanto na questão do medo de falar em público quanto da endometriose. Com relação a endometriose, meu esposo me questionou o que eu esperava da terapia. Ele perguntou se era a cura, ao tempo em que deixava claro que não acreditava nisso. Eu disse que não, que o meu intuito era tentar entender a doença e ver se eu conseguia tomar alguma decisão com relação a cirurgia, e quem sabe me sentir mais segura para realiza-la, pois eu estava inerte.
Começamos as sessões e vinha muita coisa misturada. Quando foi na terceira ou quarta sessão o Pedro me perguntou qual era a minha prioridade naquele momento, se era a fobia social ou a questão da maternidade, e eu disse que seria a questão da maternidade.
No começo foi bem difícil pra conseguir relaxar; o meu lado racional queria sempre questionar o que me vinha. As minhas visões não eram tão nítidas mas dava pra relatar muita coisa. A gente fica muito em dúvida se está delirando, se é coisa da nossa cabeça. Além disso aparecem coisas que não são legais e isso gera dificuldade em relatar ao terapeuta, pelo menos comigo era assim, mas é preciso falar. Às vezes não é muito confortável por isso acho que muita gente desiste no começo. Apareceram muitas questões ligadas justamente à maternidade, como abandono e aborto. Mas graças a Deus eu fui até o fim.
Muitas vezes durante as sessões eu era levada ao hospital espiritual, para tratamento. Além disso o Pedro colocava cristais sobre o meu ventre e acima da minha cabeça. Uma situação bem interessante foi que tive visões sobre o futuro, em que eu aparecia com um filho. No plano astral e no hospital espiritual também tive visões de um menino, que seria o meu filho, em que pese não conseguisse ter uma visão nítida do seu rosto.
No total foram umas 12  sessões. Eu comecei no final de maio de 2014 e terminei final de agosto de 2014. O próprio Pedro identificou o momento de finalizar o processo, e disse que dali em diante era só eu continuar com as minhas meditações e orações.
Quando iniciei a terapia eu tinha uma visão, e depois de terminar a minha cabeça era outra com relação a maternidade. Era como se antes algo me bloqueasse, como se a doença fosse algo justamente pra impedir que eu engravidasse. Durante o processo eu já comecei a identificar uma mudança; pensar em ser mãe já parecia algo mais tranquilo, eu não sentia mais medo ou rejeição, tanto que quando foi em junho eu tive uma intuição de parar de tomar o anticoncepcional que tomava direto sem intervalo desde 2011. Isso era contra tudo o que os médicos diziam. Tanto que quando fui consultar com a médica ginecologista ela disse que eu não deveria fazer isso de jeito nenhum, e me mandou tomar um anticoncepcional especial para quem tem endometriose, o Allurene. Eu não disse nada na hora mas quando voltei para o retorno da consulta disse que não tomei e nem iria tomar, e que iria arcar com o risco de ficar sem qualquer contraceptivo para ver como meu corpo iria reagir.
Ela me compreendeu e me deu um prazo até dezembro (6 meses) para ver. Ela deixou claro que era muito pessimista com relação a minha decisão e não queria criar falsas expectativas pois meu caso era complicado e a chance de engravidar naturalmente era muito pequena. Ela me disse também pra já ir maturando a ideia de tentar uma fertilização em janeiro de 2015. Era interessante que apesar de todo o pessimismo dela aquilo não me abalava. Entrava por um ouvido e saia pelo outro.
Quando foi em novembro de 2014 descobri que estava grávida. Pra mim foi como um milagre. Eu fiquei muito emocionada quando vi o resultado do exame.
O Pedro nunca foi de ficar falando quaisquer coisas sobre eventuais visões ou intuições que vinham até ele, mas teve uma vez que ele me disse uma intuição que teve. Em uma das sessões finais em agosto, ele me disse: “nesse período no ano que vem você vai estar preocupada com o presente do dia dos pais”.
Apesar de toda a fé que eu tinha, sempre ficava um certo receio e medo de que não fosse dar certo. Mas graças a Deus, Nossa Senhora, a minha mentora espiritual e aos médicos espirituais, hoje eu estou aqui esperando um bebê. E muito feliz por isso, feliz mesmo, pois antes eu não tinha certeza se queria ou não ser mãe. Esse meu sentimento foi mudando com o passar da terapia.
Por isso eu acredito muito que a terapia tenha me ajudado. Foi a partir daí que eu consegui tomar essa decisão de tentar engravidar, apesar de todo o risco de agravar o meu problema e das chances pequenas, e como um milagre, estou grávida.
Às vezes as coisas que são para nos ajudar vem por intuição e também por intermédio de outras pessoas.
Agradeço ao Pedro e a todos os espíritos de luz!
J.B, 31 anos.