Fobia social

“Tenho 31 anos e, desde que me entendo por gente, era atormentada por pesadelos e por sentimentos como tristeza, ansiedade, medo, desconfiança, revolta e raiva. Já havia tentado de tudo para resolver esses problemas: fiz psicoterapia, tomei remédios psiquiátricos, estudei como louca, mergulhei na religião… Mas eu evoluí muito pouco e continuei padecendo dos mesmos males de sempre.”

 

Olá, Dr. Pedro!

Conforme o senhor pediu, envio o meu depoimento. Eu acho que me excedi nas palavras, mas, além de gostar de escrever, eu confio no seu trabalho e quero realmente que as pessoas acreditem que elas podem recorrer à regressão para se tornarem pessoas melhores.

Tenho 31 anos e, desde que me entendo por gente, era atormentada por pesadelos e por sentimentos como tristeza, ansiedade, medo, desconfiança, revolta e raiva. Já havia tentado de tudo para resolver esses problemas: fiz psicoterapia, tomei remédios psiquiátricos, estudei como louca, mergulhei na religião… Mas eu evoluí muito pouco e continuei padecendo dos mesmos males de sempre.

Administrar esses sentimentos era muito custoso pra mim, pois consumia muito do meu tempo e energia, além de desgastar meus relacionamentos com as pessoas mais próximas. Mas, depois de tantos anos lutando em vão, eu comecei a achar que meu caso não tinha solução e assumi que todos aqueles sentimentos negativos faziam parte de mim. Foi quando a uma certa altura de minha trajetória profissional e acadêmica, eu constatei que eu havia chegado ao máximo que minhas limitações me permitiam.

Além da ansiedade, que eu considero ter sido o meu maior problema, eu tinha uma fobia social não-generalizada: um medo intenso de falar em público, que me incapacitava totalmente de fazer apresentações e participar de reuniões em que eu tinha que falar diante dos outros. Então eu me vi em um ponto em que ou eu superava esse problema, ou eu ficaria estagnada profissionalmente pra sempre.

E não poderia fazer pós-graduação, pois uma das habilidades mais requisitadas nesses cursos é a de falar em público. Por outro lado, em minha vida pessoal, eu havia encontrado o homem da minha vida, mas estava prejudicando a relação por causa daqueles sentimentos que eu não conseguia controlar, o que me fez ter medo de perdê-lo. Foi quando eu decidi “pensar fora da caixa”: procurar uma solução não-convencional e tentar todas as alternativas possíveis para superar os meus problemas.

A regressão se revelou uma opção que me exigiu coragem, boa-vontade e mente aberta. Mas o que eu poderia perder por tentar? De qualquer forma, eu estava realmente disposta a tentar de tudo para me libertar daqueles sentimentos nocivos. Na primeira sessão, o Dr. Pedro me passou a imagem de um profissional sério, comprometido com o seu trabalho, franco e bem-intencionado.

Essa percepção me ajudou a fortalecer a minha vontade e a minha confiança nas sessões seguintes. E tudo que aconteceu dali pra frente transformou a minha vida por completo. Eu vi vidas em que eu fui alvo de grandes violências, sofri mortes prematuras, fui perseguida, traída e injustiçada. Como reação a esses ataques, eu acabei me tornando uma pessoa agressiva, desconfiada e revoltada e, em duas dessas vidas em que eu figurei como algoz, eu utilizei a palavra e o meu poder de manipulação para influenciar as pessoas a praticar o mal. Vivenciar tudo aquilo de novo foi penoso, sofrido e intenso, e por vários dias eu fiquei impressionada, pensativa e confusa. Mas à medida que eu fui digerindo aquelas informações, os efeitos começaram a aparecer.

Percebi que essa experiência me proporcionou um aprendizado incrível, além de ter desintoxicado minha alma daqueles sentimentos ruins. Tudo passou a fazer sentido e eu atingi um profundo nível de compreensão sobre o encadeamento das ações humanas. Hoje eu me sinto uma pessoa muito mais equilibrada, serena, feliz e tolerante. Inclusive já tive oportunidade de falar diante de um grupo de pessoas estranhas e não senti o menor abalo emocional por estar nessa situação.

Enfim, aqueles sentimentos que dificultaram minha vida por décadas simplesmente sumiram, como se tivessem sido tirados com a mão. Eu me sinto renascida, purificada e fortalecida, capaz de evoluir muito mais, visto que agora não sou mais refém de todos aqueles sentimentos destrutivos. Essa vivência foi um verdadeiro divisor de águas em minha vida, pois é como se eu tivesse me curado de um câncer. Em outras palavras, eu me sinto muito grata à vida por ter me proporcionado essa oportunidade de libertação.